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Análise: “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge”

Filmes baseados em HQs sempre geram muita expectativa. Tanto por parte dos mais assíduos fãs, como por parte da mídia especializada. Em especial, esse gênero é sempre um tanto mal visto. Ou os fãs de HQs reclamam demais pela falta de fidelidade com a história original, ou pela mídia, que acaba fazendo muita vista grossa para “clichês” e coisas do gênero.


Confesso para vocês que eu não levava muita fé com relação ao novo episódio de Batman, de Christopher Nolan. E fui surpreendido. “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge” não deixa nada a desejar ao seu predecessor. Se você achava o Coringa um vilão memorável, espere até conhecer Bane.

O enredo do filme se passa oito anos após os acontecimentos do segundo filme. Tanto Batman quanto Bruce Wayne desapareceram após a morte de Harvey Dent e a prisão do Coringa.  Muitas pessoas se perguntam o que aconteceu com o herói de Gotham, mas apenas o Comissário Gordon tem tal informação.

Como de praxe, cada personagem tem seu grande momento no filme. Bruce Wayne tem seu momento de parar e refletir sobre todos os acontecimentos em torno de sua vida privada, sua vida de empresário, e sua vida como Batman.
Temos a presença da Mulher Gato no filme, que foi muito bem interpretada pela atriz Anne Hathaway. Onde ela mostra que não é apenas uma ladra, mas existe uma pessoa que não teve as oportunidades certas na vida, e continuar pelo bom caminho.
Temos o nosso querido mordomo Alfred, que dispensa qualquer comentário. Os momentos de Alfred são lições de vida não só para Bruce, mas para todos os espectadores do filme. É algo que consegue tocar no subconsciente de cada um com sua pipoca e seu refrigerante.
Gordon na verdade ficou um pouco mais de escanteio no longo do filme, mas não deixa de ter seus altos momentos, embora não seja nada comparado com o filme anterior.

Mas realmente, meu medo não se concentrava nesses nossos velhos conhecidos. Mas na escolha da produção, em termos de vilão. A trama original de Batman é algo muito vasto, e existe um gigante leque de opções em quem escolher para lutar contra o Homem-Morcego.
Bane foi a escolha e aposta de Christopher Nolan para atrapalhar o hiato do Cavaleiro das Trevas.
Como vimos há alguns anos, em “Batman & Robin”, Bane fez sua aparição. E honestamente, calamitosa. Bane era nada mais que um ser totalmente irracional e que só seguia ordens.
Christopher Nolan não só revitalizou o vilão, como lhe deu uma personalidade única. Claro que isso lhe custou algumas características da história original, como por exemplo, o seu vício na droga experimental “Veneno”, que lhe dava uma força ainda maior.

Certos fatores ficaram mal explicados no filme. E acredito que muitos fãs da saga dos quadrinhos irão fazer um baita “mimimi”. Mas isso não denegre o personagem. Por que Bane teve a chance de se redimir com o público fã do Morcegão.

Também por outro lado tínhamos o fator “Mulher-Gato”. Ah! A eterna vilã… Seria possível fazer bonito como Michele Pfeifer fez em 1990 em “Batman: Eternamente”? A resposta é um pouco ambígua.

Anne Hathaway foi digamos uma Mulher-Gato mais comportada. Que não exaltava a sensualidade da personagem a todo o momento. Resumidamente: Ela não era tão piriguete.

Porém, sua atuação mostrou diversas faces da anti-heroína (Pois no filme, não considero a personagem de fato uma vilã). Selina Kyle (nome verdadeiro da Mulher-Gato (baita Spoiler)), é uma mulher que teve que aprender a se virar como podia. E sua perícia em roubos era sua carta na manga. Em diversos momentos do filme, a personagem se via numa via de dois caminhos: Continuar no mundo obscuro do crime e ter grana, ou buscar um futuro digno, mas sem todas as regalias que o crime lhe dera.

Confesso que entrei no cinema com muito medo. Medo das escolhas de Nolan em seus vilões, em sua trama, em o que ele poderia nos oferecer após aquela atuação de Heath Ledger no segundo filme. E querem saber? Saí com um grande sorriso de satisfação do cinema.

Peço desculpas pelo texto não estar numa excelente qualidade, mas é minha primeira análise de filmes. E quero sempre lhes proporcionar o melhor. Nos vemos em breve!

Vinícius Vidal Rosa

Ex-técnico em informática, jornalista formado e apaixonado por games e tecnologia. Faz do seu tempo livre, uma maneira de levar informação e falar sobre o que gosta.

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Vinícius Vidal Rosa

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