Quando uma obra acaba tendo diversas ramificações, uma das coisas no qual devemos procurar quando nos propomos a mergulhar num novo universo, é buscar suas origens.
Eu nunca fui um grande fã de The Witcher, e confesso que fui tomado pelo hype do terceiro game da franquia. E como, minhas finanças acabaram impedindo que comprasse o game, tomei a decisão de buscar as origens da franquia. Então, acabei encontrando “A Espada do Destino“.
O segundo livro da saga do bruxo Geralt de Rívia, nos transporta para um mundo medieval onde os bruxos são mercenários que tem um único propósito: aceitar contratos para caçar monstros, ou então, ganhar enormes quantias como guarda-pessoal de importantes pessoas do reino.
Nesta obra, temos o que podemos chamar de “conto medieval cinza”, isto é, um universo semelhante ao apresentado no sucesso de Game of Thrones (que pode ter tido diversas inspirações nessa obra), onde nada é poupado, e detalhes dos mais perversos atos humanos – e não humanos – são explícitos ao leitor.
O que me impressionou bastante nessa obra, é que diferente de autores como George R. R. Martin e Tolkien, Andrzej Sapkowski não faz rodeios para descrever a situação. Detalhes como ambiente, entre outros aspectos que estes autores se utilizam, é descrito de forma breve, e o que importa é a situação em que Geralt – e outros personagens estão situados.
Outro ponto que me foi interessante, é que Sapkowski se utiliza de forma magnífica de lendas, mitos e criaturas da própria Polônia e da cultura do leste europeu em geral.
O autor consegue apresentar uma diversidade de criaturas que provavelmente não será visto em outra obra de fantasia de qualquer outro autor – até mesmo em obras de Tolkien, você verá uma quantidade se seres e criaturas em menor quantidade do que vistos em Witcher -.
Mas e o que vamos encontrar em “A Espada do Destino”? Bom, o livro apresenta uma leitura fácil, e interessante, onde não temos uma única história, mas sim um conjunto de contos onde o autor nos faz uma introdução aos personagens. Até mesmo personagens que conhecemos da série dos games, se tornam mais presentes, e até por que não dizer, mais vivos.
É fácil ter uma projeção do ambiente pelo que sabemos (e vimos em filmes, séries, e até outras obras literárias).
Monstros demais, descrições de menos. Um personagem central carismático e enigmático. Um romance mal resolvido. Um universo rico, e muito bem abordado nos games.Isso é The Witcher. “O Bruxeiro”.