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Gagá-game #12 – Final Fantasy VI

Final Fantasy. Um nome que muitos julgam como sinônimo de criatividade, outros o vêem como um mero jogo de Nerds que não tem a mínima sorte com a gata da escola. Mas, o que podemos dizer da obra suprema que, literalmente, salvou a maior softhouse de games de RPG? Certamente, quem é da velha guarda dos consoles, e tem certa paixão por jogos de RPG (Em especial, pelos jogos da Square-Enix) já deve ter se deparado com Chocobos, Moogles, e Cids. Mas não vamos generalizar a coisa aqui. Focarei este review em especial no marco para Super Nintendo, e recentemente lançado para Game Boy Advanced, Final Fantasy VI. O porquê de ele ser considerado um marco na época do 16-bits da Big N? Vejamos agora o porquê disso.

Entre espadas e escudos, as máquinas mandam

Um detalhe interessante em Final Fantasy VI foi sua história muito bem elaborada, embora alguns façam cara feia para RPGs que se passa em um futuro com máquinas e tudo o que vemos no nosso cotidiano. Embora ele possua esse clima futurista, não pense você que ele é um lixo ou algo descartável. Final Fantasy VI foi um grande marco graças a isso mesmo, ao seu clima futurista. A idéia deu tão certa, que a Squaresoft (como era chamada antigamente, antes da junção com a Enix) apostou firme em Final Fantasy VII, seu sucessor, mas isso fica para um próximo review. Outro ponto em que a Square não deixou de investir foi nos tradicionais equipamentos medievais que circulam ao redor do mundo de Final Fantasy, seja ele qual for, as espadas e os escudos estão mais presentes do que nunca no game. Você começa o game pilotando duas Magitek Armors, robôs construídos pelo Império movidos a magias dos Espers, seres com capacidade de controle sobre a magia do mundo (N.E.: Quem já teve a oportunidade de jogar Final Fantasy VIII conhece-os como GF (Guardian Force), portanto, não confunda um com o outro) e entre os soldados do Império, está uma garota cujo nome ela não se recorda, mas que tem controle sobre magia, coisa que para os humanos comuns é abominável. O jogo, para a época na qual foi lançado, tem uma duração bem longa para aqueles que gostam de ficar um tempo a mais evoluindo o personagem, ou talvez explorando bem locais como cavernas, montanhas ou até mesmo cidades. A jogabilidade é sem dúvida nenhuma perfeita, digna do nome Final Fantasy, com um sistema de menu bem variado, permitindo a alternância de posições dos personagens (não vá pensar besteiras, hein!) como desejar. A trilha sonora fica a cargo de Nobuo Uematsu, grande gênio das composições de Final Fantasy, que dispensa comentários. Os gráficos, totalmente em 2-D, proporcionam ao jogador um clima bem interessante, provando que mesmo sem alta tecnologia naquela época, se era capaz de produzir bons títulos.

Em Final Fantasy, você salva o mundo, mas quem salvou a Square, foi Final Fantasy

Pois é, uma história que quase teve um final trágico. Logo que a Square abriu suas portas e começou a produção de games, as coisas não iam bem. A empresa passava por baixíssimas vendas de seus títulos, que a própria imprensa considerava pobre e sem conteúdo. Quase a beira da falência, alguém teve a brilhante idéia de transformar aquilo que só se jogava na imaginação, com os amigos e uma montoeira de livros, em algo visível e que se pudesse jogar individualmente. Nascia então a obra máxima da, hoje gigante, Squaresoft, Final Fantasy. O jogo foi líder de vendas por semanas e semanas seguidas, pois foi a primeira vez que alguém poderia jogar um RPG sozinho, sem dados, amigos, ou até mesmo miniaturas e um tabuleiro. Foi assim que a Square se tornou o que é hoje, uma gigantesca fábrica de sonhos RPGísticos.

Toda história tem seu final… Mas Final Fantasy não

Como diria Albert Einstein: ”Uma mente que se abre para uma nova idéia, nunca mais retorna ao seu tamanho original”. Realmente, tratando-se de Final Fantasy, o gênio da física acertou, pois a idéia foi tão boa, e tão bem elaborada que Final Fantasy não apresenta sinais de cansaço ou de que irá ter um fim. O que a gigante dos RPGs vem fazendo é investir em novos mercados, como por exemplo, os dos MMORPGs, games jogados on-line por milhares de pessoas ao redor do mundo. Final Fantasy está mais presente do que nunca neste mercado. Sem dúvida nenhuma a consagração do game foi no console da Nintendo, e sua obra máxima neste período foi, sem questionamentos, Final Fantasy VI. Mas, como uma boa empresa, ela nunca irá parar de evoluir, e de certa forma, vejo isso como uma forma de agradecimento ao game, já que tirou a Square do buraco nos primórdios da empresa.

E este é o fim… Um fim que logo recomeçará

Chegando a uma conclusão rápida e sem discursos longos: Final Fantasy VI é um jogo que merece todos os créditos, seja a versão original, seja a versão relançada, é incontestável a sua qualidade gráfica, sonora e de bom gosto, agradando novos admiradores e sem qualquer sombra de dúvida, os mais experientes, provando que mais uma vez a Square sabe o que faz, e sabe pensar muito bem em seu público-alvo, fazendo histórias cativantes, com personagens memoráveis e tudo o que só Final Fantasy pode proporcionar.

Texto: Vinícius “Femto”.

Vinícius Vidal Rosa

Ex-técnico em informática, jornalista formado e apaixonado por games e tecnologia. Faz do seu tempo livre, uma maneira de levar informação e falar sobre o que gosta.

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Vinícius Vidal Rosa

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