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Vamos falar sobre “Hype”!

Salve salve Nerds!

Hoje vamos abordar um tema um tanto quanto controverso, e por que não dizer, mamilos polêmicos.
Uma questão que recentemente me vem à mente quando vemos um game, ou um filme muito promissor, é a questão do hype – pra quem não sabe, “hype” é um termo comumente utilizado para designar o aguardo e a ansiedade de um projeto que tem a promessa de ser praticamente perfeito e grandioso.

Mas, mesmo sabendo que muitos deles corresponderam da forma como esperado, alguns outros projetos acabaram ficando devendo muito aos fãs fervorosos, que aguardavam algo realmente empolgante e que por algum motivo – seja a produção com pressa, ou por algum problema técnico – , acabou chegando ao mercado tomando pedradas da galera.

Um bom exemplo de jogo que posso citar aqui sem medo de errar, é “The Order: 1886”. Eu lembro quando vi o teaser desse jogo na E3 de 2013, e fiquei extasiado com tamanha grandiosidade demonstrada pela Ready at Dawn. Foi algo que as pessoas pularam da cadeira, e ficaram impressionados com o fotorealismo e o forte enredo de fundo, com uma era Vitoriana muito bem explorada, e rica em detalhes.

Então, finalmente chegou o dia de lançamento do game… Que maravilha! Poder finalmente experimentar um dos primeiros games a explorar todo o potencial do PS4.
Infelizmente, sou um reles mortal, e só pude jogar o game meses após seu lançamento, mas aqui afirmo: Ele era o game que faria qualquer pessoa em dúvida entre o X-One e o PS4, comprar o console – afinal, essa  é a função de um game exclusivo! Vender o console! – , mas algo parece ter saído um pouco “errado”, e sim, eu utilizo a palavra “errado” entre aspas, por que ele é um bom game sim! O problema, é que ele é um game com uma linearidade absurda!

Simplesmente os caras constroem uma Londres do século XIX (e caso você não saiba números romanos, é 19, ok?!), nos mínimos detalhes, com todo aquele ar de cavaleiros, e Scotland Yard, e você não pode sequer explorar nada.
Outro ponto negativo do game, foi o fato de interação com objetos. Seguido, quando estamos em um ambiente sem combate, você pode vasculhar alguns objetos, e interagir com algum deles, só que isso não serve pra absolutamente NADA!
Você tá andando normalmente por uma sala, ai você avista uma foto em cima de uma escrivaninha. Você pega a foto, olha, e diz “oh! Que legal, uma foto”. Ai deixa a foto ali de novo. Eu acho que por pressa da Ready at Dawn em lançar o game, acabou se tendo um problema sério em contar certos pontos da história, e por conta disso, muitos acabaram acusando o game de ser curto demais.

Em partes eu concordo, pois tem certos pontos onde há diversas lacunas de enredo, e que você mais assiste e tenta entender o que está sendo contado, do que de fato joga.
Outro jogo que tinha grande potencial pra se tornar algo diferente, era “Assassin’s Creed: Unity”. Meu Deus! O que fizeram com o game no lançamento?!

Eu acho que esse foi o tipo do game no qual, todos estavam esperando por dois pontos:
O primeiro, pelo fato da Ubisoft finalmente colocar a saga em um ponto histórico marcante da história de seu país de origem, a França. Eu confesso que entre todos os acontecimentos históricos, a Revolução Francesa era um episódio no qual eu aguardava muito.
Segundo, por se tratar do primeiro game da franquia a ser totalmente nova geração, e isso trazia um hype maior por conta do número de personagens na tela, pela nova mecânica de Parkour, pelo enredo, enfim, por tudo aquilo que gostamos em Assassin’s Creed.

E esse foi o tipo do episódio que pecou por (talvez) falta de empenho da própria Ubisoft. Não que a equipe por trás do projeto não fosse competente o suficiente pra poder imergir na história do jogo, não é isso. Mas parece que o afobamento da empresa em querer lançar logo o jogo – e simultaneamente com outro episódio da franquia, Rogue, para PS3 – acabou fazendo com que a Ubi esquecesse de realizar os testes finais e entregar um conteúdo de qualidade pra quem aguardava um capítulo novo da franquia.

O jogo chega ao mercado completamente bugado, com falhas de renderização, com personagens voando, entrando no chão, presos em paredes invisíveis, com rostos sumindo… Uma infindável lista de problemas, que levaram a Ubi a suprir essa falha, disponibilizando um patch de correção que era praticamente um jogo novo corrigido. Isso sem falar que a companhia ainda teve que arcar com o prejuízo, dando um jogo para todo mundo que realizou a pré-venda do Season Pass de Unity.

Talvez, isso seja benéfico para que ela não cometa os mesmos erros nos próximos capítulos – como o caso de “Syndicate”.

E quanto à filme?!

Bom, eu não sou um cinéfilo assíduo que está na fila de espera de um longa há dias, e super ansioso por estréias. Eu sou mais o expectador casual, que curte sair para ver um filme por esporte. Recentemente, minha atenção foi tomada por filmes nacionais – Sim, vocês leram certo, eu sou um expectador de filmes brasileiros. Não me julguem! Por que as produções nacionais têm tido cada vez mais atenção, e não estão perdendo em nada para grandes produções estrangeiras.

Mas voltando ao ponto, fiquei muito interessado sobre o filme “Entre Abelhas” – Ainda quero escrever uma resenha sobre ele -, pois achei a proposta do filme, em colocar um cara com ampla experiência na comédia como Fábio Porchat, com um tom mais cinza de seriedade em um excelente filme do gênero.
Aliás, esse seria um ponto no qual o cinema brasileiro deveria investir mais: Em produções que foque os problemas da sociedade atual.

O filme conta a história de Bruno (Fábio Porchat), que trabalha como editor de imagens e vídeos, e que está passando por uma separação. Durante esse processo, Bruno começa a deixar de enxergar as pessoas. Elas existem, mas ele não as pode ver, nem ouvir.

Resumindo rapidamente, esse é o enredo, e a história flui muito bem. Porchat realmente convence também em papéis mais sérios – claro, sem deixar o tom de humor -. Isso me lembrou muito quando Jim Carrey começou a atuar de forma mais branda, em “O Show de Truman”, onde grande parte não só de seus fãs, mas da mídia especializada, duvidada da sua capacidade de atuação em um drama.  Ele provou o contrário.

Mas, o que me fez perder o hype nesse filme, foi o seu desfecho. Eu até hoje, estou com aquela dúvida se sou leigo demais para uma produção dessas, ou se realmente, o jeito como o filme termina, é proposital, fazendo com público, o mesmo que Bruno fez com as pessoas: Deixou-as de ver.

Então, após esses exemplos, eu concluo que sim, o hype nunca vai deixar de existir, e tudo por que nós não conseguimos não criar expectativas diante de algo que julgamos grandioso, produtivamente falando.
Você, eu, e todos nós, sempre alimentaremos esse sentimento, e não há nada que possamos fazer para pará-lo. E tudo por que?! Por que existe o sentimento de experimentar algo novo, algo que nos faz acreditar naquele projeto, e que pode corresponder às expectativas… Ou não.

E você ai, o que te fez criar um hype grande, e no fim, parece que de nada valeu?! Comenta ai embaixo!

Vinícius Vidal Rosa

Ex-técnico em informática, jornalista formado e apaixonado por games e tecnologia. Faz do seu tempo livre, uma maneira de levar informação e falar sobre o que gosta.

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Vinícius Vidal Rosa

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