Toda desenvolvedora independente quer um metroidvania pra chamar de seu. Este é aquele tipo de gênero que deixou de figurar entre as grandes empresa, pra ser desenvolvido principalmente por estúdios independentes ao redor do mundo. Hollow Knight é um exemplo de sucesso, trazendo o carisma de um pequeno besouro descobrindo um mundo subterrâneo esquecido há muito tempo. Blasphemous, resolveu apostar em uma ambientação sombria, totalmente inspirada no catolicismo, nos colocando na pele de um penitente em sua peregrinação para expurgar um mau antigo do mundo.
Mas o que esses dois títulos citados acima tem em comum com Vigil: The Longest Night, desenvolvido pela Glassheart Studios e publicado pela Another Indie, o protagonista dessa análise? Bom, apesar de todos se pautarem muito na união de poderes proposta por Metroid, explorando mapas e fazendo um trajeto de retornar a algumas áreas já visitadas, que depois foi refinado com um sistema de níveis de evolução e inventário repleto de habilidades e equipamentos para ajudar no seu progresso em Castlevania: Symphony of the Night, todos eles também bebem da fonte da franquia Dark Souls / Bloodborne, com uma exploração não linear, e que traz fragmentos de seu universo na descrição de itens, coleção de documentos e relatos de NPCs, que vão te contar mais sobre os eventos do mundo.
Mas, diferente de seus “primos”, Vigil: The Longest Night apresenta outros aspectos que fortalecem ainda mais suas raízes Souls, atrelados a exploração dos clássicos metroidvanias.
O game começa nos apresentando a nossa protagonista, Leila. Ela faz parte de uma seleta casta de guerreiros chamados de Vigilantes, que tem um treinamento diferenciado no combate a criaturas sobrenaturais. Leila recebeu um chamado de sua irmã, e parte de volta para sua cidade, após anos longe de lá, em busca de respostas.
O primeiro fator que nos chama a atenção são os gráficos. Vigil: The Longest Night possui uma qualidade gráfica 2.5D, que apesar de simples, conseguem ser bastante detalhados na construção de seus cenários. Masmorras, castelos, catacumbas, cavernas, minas e cachoeiras dão um show, com um level design bem inteligente e que instiga o jogador a explorar cada canto do cenário em busca de materiais e suprimentos para melhorar seus equipamentos, e até mesmo novas armas e armaduras para tornar sua aventura menos árduas contra os desafios que estão a frente.
Os NPCs aqui possuem um visual cartunesco, mas que não geram estranhamento em momento algum.
Os inimigos são bastante variados, que vão desde criaturas humanóides que surgem de surpresa em seu caminho, passando por gosmas verdes prontas para aplicar uma mordida letal, até sapos e peixes bípedes. Vale destacar a criatividade visual dos chefes, com uma aparência repugnante e que certamente faria qualquer um sucumbir à loucura apenas com um olhar.
O game pode ser jogado em sua versão de PC através do teclado e mouse, mas também possui suporte a controles. Os comandos são bem intuitivos, com um mapeamento tipicamente feito para jogos desse gênero.
Os menus são de rápido acesso, uma vez que o jogo não possui um sistema de pausa – como visto em Dark Souls: o personagem para, como se ele estivesse checando seus itens, enquanto o universo ao seu redor pode reagir a sua presença – portanto é crucial encontrar pontos de descanso – como estátuas de Coruja , para se organizar.
Falando nisso, um dos pontos interessantes desse jogo é a facilidade de organização através dos pontos de salvamento. As Estátuas de Coruja, além de registrar seu progresso no decorrer da aventura, também se tornam automaticamente um ponto de teleporte, que poderá ser usado para retornar até uma área em que você esqueceu de algum item, ou até mesmo retornar para a cidade para fazer um upgrade no seu equipamento, ou até mesmo, comprar itens para ajudar na sua jornada.
Um ponto interessante em Vigil: The Longest Night, é que ele também utiliza uma mecânica muito interessante de Dark Souls: o seu sistema de personalização. Apesar de controlarmos Leila como uma personagem fixa, os equipamentos que encontramos e equipamos no decorrer da aventura são visíveis ao serem equipados na personagem, criando uma personalização.
A evolução de Leila é feita através de uma árvore de habilidades focada em cada tipo de arma disponível no game, como espadas, adagas, machados e alabardas e arco e flechas. Cada uma dessas árvores possui atributos e habilidades que, após Leila ganhar um nível, podem ser investidos na evolução de alguma habilidade para ela, como um poderoso golpe giratório no ar, ou até um quarto golpe dentro da sua seqüência de movimentos, ou quebrar a defesa do inimigo ao usar um parry.
A dificuldade do game é bastante alta, até mesmo em sua opção de modo de jogo “Normal” – os itens de cura são bastante escassos e os atributos dados por cada equipamento são bem sutis. Aqui, sua sobrevivência vai depender mais do seu desempenho em sobreviver aos perigos da área.
Uma mecânica interessante – mas que por muitas vezes acabou me dando dores de cabeça – é que, diferente de Dark Souls ou qualquer game que tenha sido citado aqui, ao morrer, você não terá um ponto onde possa recuperar seu dinheiro e demais atributos. No entanto, tudo o que você coletou até então – itens, equipamentos, dinheiro e suprimentos será PERDIDO. Portanto, é de suma importância que você explore bem o lugar, e principalmente ao coletar um item-chave para prosseguir seu trajeto, procure o ponto de salvamento mais próximo para evitar ter que refazer toda a limpa em uma área.
Vigil: The Longest Night é uma proposta interessante dentro do gênero metroidvania / souls-like que bebe muito de Bloodborne, trazendo uma ambientação mais sombria, com ênfase em resolver mistérios e caçar monstros pra lá de bizarros.
Apesar disso, o game traz pouca inovação, tornando-se apenas mais uma opção – e uma boa opção – nesse grande oceano de metroidvanias independentes.
Esta cópia de Vigil: The Longest Night foi gentilmente cedida para a realização desta análise – o game foi jogado no PC, mas também possui uma versão para Nintendo Switch
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