God of War Ascension – Review

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Sempre que um novo game da franquia God of War é anunciado, uma questão ronda minha insana mente Nerdesca: É possível ainda criar algo, quando todos os deuses do Olimpo e todas as criaturas míticas do folclore grego estão mortas?
Confesso que fiquei deveras apreensivo com God of War Ascension. Mas ao mesmo tempo que ficava apreensivo com tamanha responsabilidade que o Santa Monica Studio teria que apresentar para convencer os fãs da saga a comprar o game, também ficava eufórico com um novo capítulo da saga de Vingança mais épica que o do filme “V de Vingança”.

Como li em alguns outros reviews, – e tenho que concordar – Ascension é o tipo do game “Ame-o ou deixe-o”. Você vai do céu ao inferno em questão de pouco tempo e isso pode acabar afastando alguns jogadores mais fervorosos da saga do Fantasma de Esparta.

O game, pela sua cronologia, o antecessor, dos antecessores. Isso nos dá a dimensão de como a saga do anti-herói espartano teve início, e o por que de tudo isso.
Kratos foi simplesmente usado por Ares para propósitos maiores, por ser uma máquina de matar muito eficiente. Mas após os acontecimentos que estamos carecas de saber (A morte de sua família, pelas suas próprias mãos). Kratos decide quebrar sua jura de sangue para buscar sua vingança. E é ai que os problemas começam para o grandalhão. É nesse instante que entram em cena As Fúrias.

As Fúrias são três irmãs que defendem a honra.Quem quebrasse um juramento à um Deus, as fúrias entram em cena para torturar tanto o físico quanto o psicológico de seu prisioneiro. São elas Alecto, Megera e Tisífone. Segundo o mito grego, elas viviam nas profundezas do Tártaro, e deviam punir aqueles que eram julgados por Hades e Perséfone. Elas nasceram do sangue derramado na Terra quando o Urano foi castrado pelo titã Cronos.

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Quer saber mais à respeito do que acontece? Passe numa loja, e compre o game (hehe, trolei).

Ressaltando alguns aspectos do game, é inegável que a qualidade gráfica não impressione. Sim, ela impressiona, e isso eu dou completo mérito a Santa Monica Studio. Realmente os caras entendem como tirar total proveito e qualidade do Playstation 3. Acho que se vi algo parecido, foi em Uncharted 3 – E acredito que a Naughty Dog ficará numa certa “rixa subliminar” pra ver quem tem maior artilharia gráfica.

Em alguns momentos, tive que parar pra apreciar as paisagens. É de ficar alguns minutos parados admirando o trabalho excepcional com tamanha riqueza de detalhes.
Posso afirmar com toda a certeza que detalhes de iluminação, luz, sombra, e até mesmo fogo, estão pelo menos, 50% mais realistas que  God of War 3. E quem o jogou, já tinha se impressionado com tamanha riqueza de detalhes do game na época.

Temos outros pontos interessantes no que diz respeito aos mini-games (ou Special Kills, como chamo) e puzzles.
Agora você terá que jogar Ascension com um balde, ou bacia embaixo do seu videogame, por que muito sangue será derramado. E esquartejamentos, decapitamentos, dilacerações… Serão só a cobertura de morango desse doce sorvete chamado vingança.

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Os mini-games não se resumem mais em apenas fazer as sequencias corretas de botões, mas durante o combo, alguns inimigos podem tentar revidar o ataque, e todo o processo terá que começar novamente. Isso torna o combo muito mais dinâmico. Mas ao mesmo tempo que impressiona com a brutalidade, logo ele acaba por enjoar (não pela cena) pela repetição contínua do mesmo ataque. Isso poderia ter sido melhor explorado com formas diferentes, dependendo o botão com que se faz o combo. Mas não deixa de perder o brilho de uma morte chocante e rica em detalhes.

Os puzzles agora estão exigindo um pouco mais de neurônios. Não simplesmente aquele “empurra e encaixa” ou um “pressione aqui pra liberar lá”. Agora você poderá perder alguns minutos (ou horas, dependendo) de game pra resolver esses quebra-cabeças.

Kratos agora recebeu algumas novas habilidades. E alguns comandos do jogo foram alterados para maior interatividade.
É possível agarrar um inimigo com uma das Blades of Chaos, enquanto se bate em outro inimigo. Pra finalizar, você pode encerrar seu combo arremessando aquele inimigo preso, no que estava sofrendo o ataque direto.
Armas secundárias que são encontradas ao longo do caminho também fazem parte do novo arsenal do espartano, e o O (bolinha/circulo/circunferência/ ou o nome que você usa) não é mais usado pra agarrar os adversários. Esse comando foi transferido para o R1.

O botão R2 recebeu uma funcionalidade extremamente útil, após ter concluído os Upgrades nas suas habilidades. Trata-se de um poder especial que ataca em área, e é extremamente útil em momentos onde você está cercado por inimigos.

Mas nem só de glórias vive o jogo. Apesar de impressionar com seu potencial gráfico, e ser uma série bastante querida pelos donos de um console da Sony, God of War Ascension deixa um pouco a desejar por uma história bastante fraca, e que se prende muito a certos cenários. Há pouca gama de inimigos comparados a seus antecessores, e alguns aspectos de programação também deixam notar que o jogo parece ter sido feito as pressas. Isso prova que mesmo uma série com toda a tecnologia, também pode dar tropeços.
Mas certamente se você é fã, (como eu) isso não vai estragar suas partidas.

E aproveitando o termo “partidas”, é de suma importância ressaltar o modo online do game, que conta com partidas bem divertidas, mas que também possuem alguns pronto negativos.
Há uma espécie de desequilíbrio na programação dos personagens, e dependendo o combo que você sofre de seu adversário, é um motivo para cair duro e morto no chão.
Já os aspectos positivos são a personalização dos chars, que é bastante dinâmica e torna quase impossível dois personagens ter as mesmas características. A estabilidade do server também é algo que supera alguns jogos que REALMENTE FORAM FEITOS PARA JOGAR ONLINE.

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Em suma: God of War Ascension é um bom título. Não é o melhor da saga, mas que faz você perder um tempo conhecendo mais a cerca do passado sombrio do Fantasma de Esparta.