Chacina em Connecticut traz novamente o debate entre video games e violência.

Novamente, o mundo se choca com mais um tiroteio em escolas dos EUA. Como noticiado por dias, a escola Sandy Hook foi palco de uma das maiores atrocidades já cometidas contra crianças. O atirador, Adam Lamza, de 20 anos, assassinou a sangue frio vinte crianças e seis adultos, e logo em seguida, cometeu suicídio.
As investigações continuam, mas um fato curioso noticiado pelo jornal “The Sun”, aponta que Adam era obcecado pela série de jogos da produtora Activision, Call of Duty.

Mas teria relação entre as mortes de Adam, e o fato de se gostar de jogos com temática Guerra/ FPS/ Shooter?

Ao que parece, para a redação do The Sun sim. Segundo a matéria de capa (imagem), mostra a foto do atirador , e a seguinte chamada: “Matador Obcecado por Call of Duty”.

Segundo o Washington Post, é muito fácil pôr a culpa na série Call of Duty. Mas dados foram apresentados, e segundo um estudo realizado, existe pouca ou nenhuma relação com video games de temática violenta com assaltos ou mortes a mão armada. E para provar que tais atrocidades vêm da PERSONALIDADE de quem a comete, o Washington Post publicou uma pequena estatística feita em dez dos maiores países consumidores de jogos eletrônicos:


Como pode ser analisado no gráfico, apenas os Estados Unidos dentre os dez países com maior consumo de games,  apresenta altas taxas de mortalidade por armas de fogo. O jornalista Max Fisher, do Washington Post, também comentou que dentre os outros países que são mostrados no gráfico, tendem a ser os mais seguros do mundo (O que prova que organização política, e controle na compra de armas é muito mais significativo para se evitar uma tragédia).

Opinião: Temos que ter em mente que a mídia não-especializada precisa OBRIGATORIAMENTE de um Judas nessa história. E claro, como de praxe, é muito mais fácil pôr a culpa em jogos eletrônicos, do que na criação dos pais, nas crenças religiosas extremistas, na TV, em pessoas do convívio social em âmbito escolar, etc.
Teremos novamente a Record citando jogos violentos, como ocorreu após o caso de Realengo, em que um atirador também adentrou uma escola no RJ, e atirou em diversas crianças e adolescentes e após isso se matou?