Desde que começamos a jogar video game, lidamos com algum tipo de preconceito. Seja na escola, seja em casa (pois tem pais que ainda cismam que video games não agregam em nada na vida das pessoas), e a que mais conhecemos, é o preconceito político que se tem sobre esse ramo.
Infelizmente (ou felizmente, ainda tenho esta dúvida), a política é um mal necessário. Dentro de casa, temos a política atuando. No trabalho, na escola, na rua… Enfim. Política é algo presente 100% no nosso cotidiano.
Mas por que a política não consegue ver o quão a 8ª arte pode ser considerada cultura?
Bom, isso se deve ao fato, de que a maioria de nossos representantes, já são pessoas mais “vividas” – pra não dizer velhas e velhos caquéticos – e definitivamente, eles não conseguem visualizar os argumentos que nós, jogadores, oferecemos para defender os jogos eletrônicos.
Hoje em dia, qualquer jogo realmente bom – Como The Legend of Zelda, God of War, Call of Duty, Final Fantasy, e por ai vai – tem enredos que chegam a dar um chute com os dois pés no peito das novelas da Globo. Tramas, intrigas, traições, enredo bem estruturado, personagens cativantes, e uso de última tecnologia podem descrever o que um jogo utiliza, nos dias atuais.
Recentemente o Governo Federal, instituiu o Bolsa-Cultura, que consiste num auxilio de 50 reais para que as pessoas possam comprar CDs, DVDs, Livros, ir ao Teatro, Cinema, e etc. Mas quando a Ministra da Cultura, Marta Suplicy, foi questionada a respeito do por que os games não estavam inclusos nesse auxilio governamental, a mesma disse o seguinte (abre aspas):
“Nós não enxergamos os jogos eletrônicos e video games, como uma forma de cultura propriamente dita”.
…
Gostaria de lhe perguntar, dona Marta, se a senhora acha que os CDs do seu filho, Supla, são algo que vai agregar culturalmente ? – com frase como “Lingua falou, o c* pagou” ou “Japa, Japa Girl, in Brazil”.
Antes ainda desse caso da declaração da Ministra Marta Suplicy que enfureceu os Gamers, tivemos o caso Valdir Raupp / Vital do Rêgo, que consistia em proibir a venda de jogos em solo nacional, no qual ferisse “Os costumes e tradições”. Mas o mais interessante, é que no mesmo ano no qual o Senador Valdir Raupp entrou com esse projeto de lei, a revista EGW (a maior mídia impressa do gênero no Brasil), entrevistou-o e o indagou a respeito da classificação etária dos jogos. O mesmo respondeu:
“Sabe que não sei se isso existe nesses “joguinhos”? Nunca me informaram à respeito.”
Esses, são os nossos representantes. Que acham que Funk, Sertanejo Universitário, Novelas, e uma mídia que não os questiona (como na Coréia do Norte), é o caminho para o futuro.
Para eles, quanto mais ignorante você fica, melhor! Assim, você os questiona, e se questiona menos, a cerca do que acontece no seu país. Isso parece meio clichê, mas essa tecla tem que ser batida até que você ouça o som da razão, e de é possível fazer com que tenhamos a verdadeira JUSTIÇA.
Isso é só uma pequena amostra de como o governo faz vista grossa para o que não conhece. O interesse do mesmo, é apenas nos deixar cada vez mais burros, e pagando sempre mais e mais impostos para financiar viagens e imóveis. Podemos mudar isso?! Claro! Mas no que depender do governo, temos coisas muito mais importantes pra fazer, do que ficar jogando esses “joguinhos sem cultura”.