Eu queria iniciar esse texto já pedindo desculpas à você, amigo dono de um Xbox One, ou que está optando pela plataforma da Microsoft. Mas nesse texto, vou dar minha opinião sobre esse anúncio do Scorpio, então… Críticas virão!
Acho muito interessante como um curioso do assunto, ver tanta inovação tecnológica, dentro de uma caixa de entretenimento como o Project Scorpio vêm sendo pintado. Mas convenhamos, a opção de jogos exclusivos BONS, está passando longe da Sony, e até mesmo da Nintendo, com o Switch.
Não é de hoje que a Microsoft vem tendo tropeços no que diz respeito as suas vendas. Pra se ter uma ideia, já há algum tempo que as vendas do Xbox One são metade das vendas do Playstation 4.
O Scorpio é uma tentativa de colocar no mercado, um concorrente à altura para o Playstation 4 Pro. Mas, será mesmo que é assim tão compensador investir em um “console Master Race“, sendo que com o mesmo valor você consegue comprar um PC com configurações consideráveis, e utilizar-se do sistema Xbox Play Anywhere?!
É estranho pensar isso, mas ao que tudo indica, o grande “público-alvo” nessa história do Scorpio, são as desenvolvedoras. Consequentemente, isso gera um efeito cascata, que reflete no consumidor. Mas convenhamos, apresentar uma infinidade de aspectos técnicos, Teraflops, Gigahertz e afins, NUNCA VENDEU CONSOLES.
Alguém avise a Microsoft que o que vende consoles, são títulos. Games que despertem o interesse e a vontade de usar o cartão de crédito, e não quantidades de Teraflops, GPU e quais memórias são utilizadas. Pra isso, existem os PCs.
Olha, eu não quero parecer chato (já sendo), mas não vejo em uma conversa entre amigos, a discussão de aspectos técnicos sobre consoles – à não ser no tom de zoação como “Ah! O PS3 não roda grama!” E coisas do tipo. O que pesa de fato na hora de optar por uma plataforma, são os jogos que ela tem pra oferecer.
Gente que discute aspectos técnicos de um videogame, me remetem àqueles torcedores fanáticos que vasculham a história do time atrás daquela goleada histórica que ninguém lembra, tentando desmerecer o que de fato faz a diferença, que são OS TÍTULOS conquistados pelo clube rival.
O Scorpio chega em uma hora que quem ainda não comprou um Xbox One, e está cogitando essa possibilidade, poderá contar com o que há de melhor nessa geração. Isso é fato.
Mas, temos que pensar que o seu investimento ainda terá que ser somado a uma TV de última geração, pra se ter o total proveito do que o aparelho tem a oferecer. Do contrário é o mesmo que usar uma TV 29 polegadas em um Xbox 360.
A própria MS tem títulos excelentes em sua biblioteca. E acho que o que falta é aquele tempero… Aquela pequena dose de sal, que a Sony mostrou ter na E3 de 2016.
E é isso que ela busca com o Scorpio: atrair os desenvolvedores para a sua plataforma, lhes dando uma tecnologia de grosso calibre.
Franquias como Halo, Forza e Gears of War serão parte desse tempero, mas é necessário mais.
É necessário fazer com que a Microsoft tenha aquilo que os jogadores querem. E ficou evidente com o lançamento do Switch, que os usuários procuram diversão a um baixo custo.
E isso fica evidente se olharmos para trás, e vermos que o Wii U trouxe uma infinidade de possibilidades pouco aproveitadas, justamente por falta de títulos que fizessem a compra do console valer a pena – isso, sem entrar no mérito de sermos um país sem suporte para os produtos dela na época.
Então, não precisamos de algo que seja um investimento caro, na esperança de uns poucos títulos que valham o investimento em um console caro, uma televisão cara, e jogos que podem ser aproveitados da mesma maneira em um aparelho “inferior”. O que os consumidores procuram, é uma plataforma que lhes proporcione a melhor diversão. Mas, diversão é sinônimo de altos preços?!
Apenas após o lançamento, é que saberemos se o caminho que o Scorpio irá trilhar, será repleto de pedras e esburacado, ou se ele conseguirá seguir por uma trilha de tijolos dourados em um belo dia de Sol.